DEFEITOS CONGÊNITOS POR FATORES GENÉTICOS

Autores

  • Andressa Antunes Prado de França Faculdade Governador Ozanam Coelho
  • Amanda Paiva Tavares
  • Camila Ramos Machado
  • Daniella Norbin Neves de Oliveira
  • Ingrid Costa Rocha
  • Júlia Mateus Peres

Palavras-chave:

Síndrome de Down. Alterações cromossômicas. Fenilcetonúria no Brasil. Anemia falciforme.

Resumo

Introdução: O presente estudo é uma revisão de literatura, em que foram analisados os aspectos das doenças congênitas Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter, Anemia falciforme e Fenilcetonúria. Esse enfoque é de grande importância, já que, desde 2005, os defeitos congênitos representam a segunda causa de mortalidade infantil em todas as regiões do Brasil. Objetivo: Reunir informações acerca da etiologia, epidemiologia, diagnóstico e tratamentos disponíveis para defeitos congênitos selecionados por suas causas genéticas. Métodos: Foram analisados artigos contendo definição, características e cuidados com as anomalias abordadas, a fim de identificar na literatura os fatores epidemiológicos, etiológicos, diagnósticos e seus possíveis tratamentos. Resultados: Constatamos que os defeitos con-gênitos são causados por fatores genéticos e ambientais, e que indivíduos que apresentam esses distúrbios possuem características pró-prias da patologia. O tratamento torna-se indis-pensável, porém a aceitação da sociedade é o principal desafio e fator de melhora na qualidade de vida.

Biografia do Autor

  • Andressa Antunes Prado de França, Faculdade Governador Ozanam Coelho

    Professora do Curso de Medicina da Faculdade Governador Ozanam Coelho

    Áreas de atuação: Embriologia, Biologia Molecular do Câncer, Cultivo celular

Referências

Horovitz DD, Llerena Jr JC, Mattos RA. Birth defects and

health strategies in Brazil: an overview. Cad. Saude Publica.

; 21:1055-64.

Schüler-Faccini L, Leite JC, Sanseverino MT, Peres RM.

Evaluation of potential teratogens in Brazilian population.

CiencSaude Coletiva 2002;7:65-71.

Maciel EL, Gonçalves EP, Alvarenga VA, Polone CT, Ramos

MC. Epidemiological profile of congenital malformations in

Vitória, Espiríto Santo, Brazil. CadSaudeColet 2006;14:507-18.

Righetto AL, Huber J, Machado JC, Melo DG. Congenital

abnormalities: validation of birth certificates in a maternity

of RibeirãoPreto, São Paulo. Pediatria (São Paulo)

;30:159-64.

Jones KL. Smith’s recognizable patterns of human

malformation. 6th ed. Philadelphia: Elsevier Saunders;

Gomes MR, Costa JS. Infant mortality and congenital

abnormalities in the Municipality of Pelotas, state of Rio

Grande do Sul, Brazil: ecologic study in the period 1996-

EpidemiolServSaude 2012;21:119-28.

Polita NB, Ferrari RA, Moraes PS, Sant’Anna FL, Tacla MT.

Congenital anomalies: hospitalization in a pediatric unit.

Rev Paul Pediatr 2013;31:205-10.

- KAMINKER P, ARMANDO R. Síndrome de Down:

Primeira parte: enfoque clínico-genético. Arch. argent.

pediatr. 2008; 106(3):249-259. ISSN 1668-3501.

- Schwartzman JS (1999). Generalidades. Em J. S.

Schwartzman (Org.), Síndrome de Down (p. 16-31). São

Paulo: Mackenzie.

- Thompson M, Mclannes R, Willard H. Thompson&

Thompson Genética Médica. 5ªed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan S.A. 1993.

-Brunoni, D. (1999). Aspectos epidemiológicos e

genéticos. Em J. S. Schwartzman (Org.), Síndrome de Down

(p. 32-43). São Paulo: Mackenzie.

-Schwartzman JS (1999b). Generalidades. Em J. S.

Schwartzman (Org.), Síndrome de Down (p. 16-31). São

Paulo: Mackenzie.

- Silva NL, Dessen MA. Síndrome de Down: etiologia,

caracterização e impacto na família. Interação em

Psicologia, 2002, 6(2), p. 167-176

- Siqueira V, MoreiraV. Saúde& Ambiente em Revista,

Duque de Caxias, v.1, n.1, p.23-29, jan-jun 2006

- Lima, C,P. Genética Humana, Editora Harbara 1996.

- MOREIRA, Lília MA; EL-HANI, CharbelN and GUSMAO,

Fábio AF. A síndrome de Down e sua patogênese:

considerações sobre o determinismo genético. Rev. Bras.

Psiquiatre. 2000, vol.22, n.2, pp. 96-99. ISSN 1809 452.

- Bezerra de Matos, S; Caires dos Santos, L; Pereira

,C,S; Borges,K, S. DOWN SYNDROME: ADVANCES AND

PERSPECTIVES .Universidade Estadual de Santa Cruz,

(UESC) Ilhéus – BA – Brasil .Rev.Saúde.Com 2007; 3(2):

-86.

-Pavarino-Bertelli EC, Biselli J, Ruiz MT, Goloni-Bertollo

EM. Recent molecular advances and aspects of clinical

genetics in Down syndrome, São José do Rio Preto, p. 401-

, Jun.2005.

- Brasil. Ministério da Saúde (MS). Gabinete do Ministro.

Portaria nº. 81, de 20 de janeiro de 2009. Institui, no

âmbito do SUS, a Política Nacional de Atenção Integral em

Genética Clínica. Diário Oficial da União 2009; 21 jan.

-Abramsky L, Chapple J. 47, XXY (Klinefelter syndrome)

and 47, XYY: estimated rates of and indication for postnatal

diagnosis with implications for prenatal counselling.

PrenatDiagn. 1997;17:363-8)

-Aksglaede L, Link K, Giwercman A, Jørgensen N, NE

Skakkebæk, Juul A. 2013. 47, a síndrome de Klinefelter

XXY: características clínicas e recomendações específicas

por idade para a gestão médica. Am J Med Genet Parte C

Semin Med Genet 163C: 55-63

-Amory, Anawalt, Paulsen, 2000; Smyth, 2000;

Nussbaum, 2002

- Bojesen A, Juul S, Gravholt CH. Prenatal and postnatal

prevalence of Klinefelter syndrome: a national registry

study. J ClinEndocrinolMetab. 2003;88:622-6

- Bojesen A, Juul S, Birkebaek N, Gravholt CH. Increased

mortality in Klinefelter syndrome. J ClinEndocrinolMetab.

;89:3830-4).

-Carothers AD, Collyer S, De Mey R, Frackiewicz A.

idade parental e ordem de nascimento na etiologia de

alguns aneuploidias dos cromossomos sexuais. Ann

Hum Genet. 1978; 41 : 277-287. doi:. 10,1111 / j.1469-

1978.tb01895.x).

-CASTRO, E. C. et al. Síndrome de Klinefelter. Fundação

Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre,

.

-Dohle GR, Halley DJ, Van Hemel JO, van den Ouwel

AM, Pieters MH, Weber RF, et al. Os fatores genéticos de

risco em homens inférteis com oligozoospermia severa e

azoospermia. Hum Reprod. 2002; 17 : 13-16. doi:. 10,1093

/ humrep / 17.1.13)

- Lanfranco F, Kamischke A, Zitzmann M, Nieschlag E.

Klinefelter’ssyndrome. Lancet. 2004;364:273-83

-Lanfranco F, Kamischke A, Zitzmann M, síndrome de

Klinefelter E. Nieschlag. Lancet. 2004; 364 : 273-283.doi:.

1016 / S0140-6736 (04) 16678-60

- KIRKPATRICK G, FERGUSON KA, GAO H, TANG S, CHOW

V, YUEN BH, ET AL. A comparação das taxas de aneuploidia

de esperma entre homens inférteis com cariótipo normal e

anormal. Hum reprod. 2008; 23 : 1679-1683. Doi:10,1093

/ humrep / den1260)

-Pacenza N, Pasqualini T, Gottlieb S, Knoblovits P,

Revista Científica Saúde - Volume I - 2016 53

Costanzo PR, Stewart Usher J, et al. Clinical presentation of

Klinefelter’s syndrome: differences according to age. Int J

Endocrinol. 2012;2012:324835)

-Visootsak J, Aylstock M, Graham JM Jr. Klinefelter

syndrome and its variants: an update and review for the

primary pediatrician. ClinPediatr (Phila). 2001;40:639-51

-Sarkissian CN, Gámez, A. Phenylalanine ammonia lyase,

enzyme substitution therapy for phenylketonuria, where

are we now? Mol GenMetab. 2005, 86(Suppl 1):22-6.

-Diament AJ. Erros inatos do metabolismo:

aminoacidopatias. In: Diament AJ, Cypel S, coordenadores.

Neurologia infantil. 3.ed. São Paulo: Atheneu; 1998. p.372-

-Waitzberg DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na

prática clínica. 3.ed. São Paulo: Atheneu; 2000. p.449-57.

- Smith I, Brenton DP. Hiperphenylalaninemias. In:

Fernandes J, Saudubray J-M, van Den Berghe G, editores.

Inborn metabolic diseases. 2nd ed. New York: Springer-

Verlag; 1995. p.147-60.

- Acosta PB, Yannicelli S. Ross Metabolic Formula

System: Nutrition Support Protocols, 4th ed. Columbus

(OH): Ross Laboratories; 2001.

-Fauci AS, Braunwald E, Isselbacher KJ, Wilson JD, Martin

JB, Kasper DL, et al. Harrison medicina interna.14.ed. Rio

de Janeiro: McGraw-Hill; 1998.

-Battistini S, Stefano N, Parlanti S, Federico A.

Unexpected white matter changes in an early treated

PKU case and improvement after dietary treatment.

FunctionalNeurol. 1991; 6(2):177-80.

-Associação de Fenilcetonúricos e Homocistinúricos do

Paraná. Fenilcetonúria. Curitiba: Fundação Ecumênica de

Proteção ao Excepcional; 1999. 10p. Publicação Técnica.

- Brasil. Lei Federal 8.069 de 13 de julho de 1990. Dispõe

sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente [Internet].

Brasília; 1990. [acesso 10 mar 2005]. Disponível em: www.

presidencia. gov.br/CCivil/Leis/L8069.htm

- Brasil. Ministério da Saúde [Internet]. Brasília; 2001.

Portaria n. 822/GM de 6 de junho de 2001. Institui

no âmbito do Sistema Único de Saúde, o Programa

Nacional de Triagem Neonatal/PNTN. [Acesso 10 mar

. Disponível em:http://dtr2001.saude.gov.br/sas/

PORTARIAS/Port2004/Gm/GM-2695.htm

- Carvalho TM. Resultados do levantamento epidemiológico

da sociedade brasileira de triagem neonatal

(SBTN). RevMéd Minas Gerais. 2003; 13(1 Supl 2):S109-35.

- Ramalho RJR, Ramalho ARO, Oliveira CRP, Oliveira

MHA. Evolução do programa de triagem para o

Hipotireoidismo Congênito e Fenilcetonúria no Estado de

Sergipe de 1995 a 2003. Arq Bras EndocrinolMetab. 2004;

(6):890-6.

- Neonatal phenylalanine test kit. Norton (OH): Perking

elmer life Sciences Inc; 2001. TechnicalBulletin.

- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [Internet].

Rio de Janeiro; 2000. [acesso 17 maio 2002]. Censo

demográfico 2000.

- Moats RA, Koch R, Moseley K, Guldberg P, Gutter

F, Boles RG. Brain phenylalanine concentration in

the management of adults with phenylketonuria. J

InheritMetabDis. 2000; 23(1):7-14.

Karam SM. Gestantes com Fenilcetonúria. RevMéd

Minas Gerais. 2003; 13(1 Supl 2):S109-35.

-. Cerone R, Barella C, Fantasia AR, Schialfino MC.

Valutazionedi una nuovamisceladiaminoacidi per

iltrattamentodellafenilchetonuria. Minerva Pediatr

[Internet]. 1999. [cited 2000 Nov 15]. 51(11-12):403-6.

- Silva DG, Marques IR. Intervenções de enfermagem

durante crises álgicas em portadores de Anemia

Falciforme. Rev Bras Enferm 2007 maio-jun; 60(3):327-30.

- (César BF. Anemia falciforme. Perrone HC, Gutierrez

MT, editores. Pediatria – diagnóstico e terapêutica. São

Paulo (SP):Robe Editorial; 1998. p. 438-41.)

-Smeltzer SC, Bare BG. Brunner e Suddarth. Tratado

de enfermagem médico-cirúrgica. 8ª ed. Rio de Janeiro

(RJ):Guanabara Koogan; 1998./ Santos GER. Enfermagem

no tratamento da anemia falciforme. São Paulo (SP): EPU;

)

- Gómez-Chiari M, Puigbert JT, Aramburu JO.

Drepanocitosis: experiência de um centro. AnPediatr.

;58:95-9.

-Iníguez ED, López MAC, Julian MEC, García PG.

Detecciónprecoz neonatal de anemia falciforme y

otrashemoglobinopatíasen La comunidad autónoma de

Madrid. Estudio piloto. AnPediatr.2003;58:146-55.

-Serjeant GR. A doença da célula falciforme. Anais

Nestlè.1999;58:11-22.

- Costa FF. Anemia Falciforme. In: Zago MA, Falcão RP,

Pasquini R. Hematologia . Fundamentos e Prática. 1ª ed.

Rio de Janeiro: Atheneu; 2001. p. 289-307.

-Hokama NK, Hokama POM, Machado PEA, Matsubara

LS. Interferência da malária na fisiologia e na fisiopatologia

do eritrócito (Parte 2 - Fisiopatologia da malária, da

anemia falciforme e suas inter-relações). J Bras Med.

;83:40-8.

- Lane PA. Sickle cell disease. PediatrClin North Am.

;73:639-64.

- Falcão RP, Donadi EA. Infecções e imunidade na

doença falciforme. AMB RevAssocMed Bras. 1989;35:70-4.

-Loggetto SR, Pellegrini-Braga JA, Costa-Carvalho BT,

Solé D. Alterações imunológicas em pacientes com anemia

falciforme. Rev Bras AlergImunopatol. 1999;22:77-82.

- Wilkins BS. The spleen. Br J Haemat. 2002;117:265-74.

- Bandeira FM, Leal MC, Souza RR, Furtado VC, Gomes

YM, Marques NM. Características de recém-nascidos

portadores de hemoglobina S detectados através de

Revista Científica Saúde - Volume I - 2016

triagem em sangue de cordão umbilical. J Pediatr. (Rio J).

;75:167-71.

-Leiken ST, Gallagher D, Kinney TR, Sloane D, Klug P, Rida

W. The Cooperative Study of Sickle Cell Diseases: Mortality

in children and adolescents with sickle cell disease.

Pediatrics. 1989;84:500-8.

- Josefina A. P. Braga. Medidas gerais no tratamento

das doenças falciformes. Rev. Bras. Hematol.

Hemoter. vol.29 no.3 São José do Rio Preto July/

Sept. 2007.

- Braga JAP, Hokazono M. Doença falciforme. In: Schor

N, ed. - Coordenação: Morais MB, Campos SO, Silvestrine

WS. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar Unifesp/

Escola Paulista de Medicina - Pediatria 1ª Edição Manole.

SP 2005, p.1001-8.

- National Institutes of Health - National Heart, Lung

and Blood Institute - NIH Publication Nº 02-2117. The

Management of sickle cell disease. 4ª edition. 2002.

Publicado

12-08-2016

Edição

Seção

Artigos de Revisão