VARIAÇÕES ANATÔMICAS DA IRRIGAÇÃO EXTRA-HEPÁTICA: abordagem para a educação continuada

Autores

  • Letícia Vieira da Silva Faculdade Governador Ozanam Coelho - Estudante
  • Vinicius José Vieira de Souza Faculdade Governador Ozanam Coelho - Estudante
  • Andreia Assante Honorato Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professora
  • Cristiano Valério Ribeiro Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professor
  • Wilton Balbi Filho Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professor
  • Mara Lúcia Farias Lopes e Silva Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professora
  • Lívia Lopes Barreiros Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professora
  • Glauco Teixeira Gomes da Silva Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professor
  • Elaine Teixeira Fernandes Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professora e Coordenadora de Semiologia
  • Filipe Moreira de Andrade Faculdade Governador Ozanam Coelho - Coordenador do Curso de Medicina e Professor. Universidade Federal de Viçosa- Professor.

Palavras-chave:

variações anatômicas, anatomia hepática, fígado, irrigação hepática

Resumo

Introdução: O fígado é um órgão que recebe um grande suprimento sanguíneo de veias e artérias. A irrigação hepática pode apresentar formas atípicas de distribuição em cerca de 20- 50% das pessoas. Objetivo: O artigo visa abordar detalhadamente as variações anatômicas da irrigação hepática e suas classificações, a fim de facilitar o estudo desta pelo aluno de Medicina e por demais profissionais da área da saúde. Métodos: Este é um artigo de revisão sistemática, elaborado a partir de informações disponibilizadas nas bases de dados SciELO (The Scientific Electronic Library Online), PubMed e Google acadêmico. Foram utilizadas seis palavraschave e suas variantes em inglês. Resultados: As variações encontradas foram divididas em quatro tópicos de discussão, focando na origem de sua irrigação. Foram descritas as variações destacadas por Lipshutz, Adachi, Michels, Uflacker, Babu e Hiatt. Duas destas – Hiatt e Michels – receberam mais ênfase devido à sua expressividade e foram comparadas entre si. Conclusão: Observou-se que a classificação de Michels é a mais difundida e consegue abranger a maior parte das variações. A anatomia das artérias extra-hepáticas é extremamente variável, o que torna a avaliação radiológica, angiográfica e cirúrgica uma tarefa que requer amplo conhecimento da anatomia básica. Além disso, embora existam diversas classificações, seus tipos não correspondem perfeitamente, embora possam equivaler-se, mas ainda há aquelas que não correspondem a nenhum dos critérios já descritos, o que justifica a busca por novas classificações.

Biografia do Autor

  • Andreia Assante Honorato, Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professora
    Nefrologista
  • Cristiano Valério Ribeiro, Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professor
    Infectologista
  • Wilton Balbi Filho, Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professor
    Endocrinologista
  • Mara Lúcia Farias Lopes e Silva, Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professora
    Cardiologista
  • Lívia Lopes Barreiros, Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professora
    Ginecologista e obstetra.
  • Glauco Teixeira Gomes da Silva, Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professor
    Médico do Trabalho
  • Elaine Teixeira Fernandes, Faculdade Governador Ozanam Coelho - Professora e Coordenadora de Semiologia
    Reumatologista.
  • Filipe Moreira de Andrade, Faculdade Governador Ozanam Coelho - Coordenador do Curso de Medicina e Professor. Universidade Federal de Viçosa- Professor.
    Cirurgião Torácico.

Referências

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Publicado

15-06-2018

Edição

Seção

Artigos de Revisão