DIAGNÓSTICO DE POLIANGEÍTE MICROSCÓPICA: UM RELATO DE CASO
Palavras-chave:
Sintomas. Necrose. Vasculite.Resumo
Introdução: A poliangeíte microscópica é uma vasculite necrosante que afeta capilares, vênulas e arteríolas. A idade média de início da doença está entre 50 e 60 anos e a incidência anual é 1/100.000 casos. As manifestações clínicas são inespecíficas, podendo afetar vários órgãos e sistemas, com manifestações sistêmicas e posteriormente sintomas específicos. Objetivo: Relatar sinais e sintomas de poliangeíte microscópica em um paciente, possibilitando o diagnóstico por profissionais de saúde. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 65 anos, branca, professora aposentada, divorciada, sem filhos, procedente e residente em Ubá, Minas Gerais, Brasil. Portadora de hipertensão arterial e hipercolesterolemia. Procurou atendimento médico em setembro de 2018, após três meses com sintomas recorrentes de artralgia e mialgia em membros superiores e inferiores, de intensidade na escala visual analógica de dor (10 / 10), acompanhada de hipoestesia e parestesia em mãos e pés, com irradiação para região ínfero posterior da cabeça, com petéquias por toda extensão corporal e febre aferida de 37.5 – 38º C vespertina. Após consulta com clínico geral foi aventada a hipótese de possível doença vascular, devido histórico familiar (irmã, irmão e sobrinha – com poliangeíte microscópica, de acometimentos diferentes). Conclusão: O caso relatado evidenciou a relevância do diagnóstico e tratamento precoce, bem como a história clínica e exame físico da paciente com suspeita de vasculite sistêmica, com isso possibilitou um prognóstico mais favorável, minimizando lesões em órgãos alvos e repercussões rápidas de alta morbilidade e mortalidade.
Referências
Falk RJ, Gross WL, Guillevin L, Hoffman GS, Jayne DR, Jennette JC, et al. Granulomatosis with polyangiitis (Wegener's): an alternative name for Wegener's granulomatosis. Arthritis & Rheumatism. 2011; 63(4):863-4.
Carlson JA, Chen KR. Cutaneous vasculitis update: small vessel neutrophilic vasculitis syndromes. The American journal of Dermatopathology. 2006; 28(6):486-06.
Berini SE, Dyck, PJB. The utility of nerve biopsy in carefully selected patients in modern neuromuscular practice. Muscle & nerve. 2019; 59(6): 635-37.
Shapiro M, Blanco DA. Neurological Complications of Gastrointestinal Disease. Seminars in Pediatric Neurology. 2017; 24(1):43-53.
Gwathmey KG, Burns TM, Collins MP, Dyck PJB. Vasculitic neuropathies. The Lancet Neurology. 2014; 13(1):67-82.
Collins MP, Hadden RD. The nonsystemic vasculitic neuropathies. Nature Reviews Neurology. 2017; 13(5):302-16.
Medeiros SHL, Balaguez HM, Sonaglio AP, Pintos VMM, Halty L. Poliangeíte microscópica–relato de caso. Vittalle-Revista de Ciências da Saúde. 2008; 20(2): 59-00.
Bilic E, Delimar V, Desnica L, Pulanic D, Bakovic M, Curtis LM, et al. High prevalence of small-and large-fiber neuropathy in a prospective cohort of patients with moderate to severe chronic GvHD. Bone marrow transplantation. 2016; 51(11): 1513-17.
Houman MH, Bellakhal S, Salem TB, Hamzaoui A, Braham A, Lamloum M, et al. Characteristics of neurological manifestations of Behcet's disease: a retrospective monocentric study in Tunisia. Clinical Neurology and Neurosurgery. 2013