ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS NOTIFICAÇÕES DA HEPATITE C EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SÃO PAULO, BRASIL: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA REDUÇÃO DOS CASOS
Palavras-chave:
Vigilância em Saúde Pública, Intervenção Médica Precoce, Doenças Transmissíveis, Transmissão de Doença InfecciosaResumo
Introdução: A hepatite C é uma moléstia infecciosa cuja principal via de transmissão é a parenteral e cujo quadro clínico costuma ser leve ou assintomático, com evolução insidiosa. Isto facilita sua disseminação, cronificação e complicações, por dificultar o diagnóstico e o tratamento precoces. Nesse contexto, a hepatite C é um problema de grande importância para a saúde pública, tanto nacional quanto globalmente. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico da hepatite C na cidade de São José dos Campos, São Paulo, nos anos de 2007 a 2018, e propor intervenções precoces sobre ela. Métodos: Foram realizados um estudo transversal, por levantamento dos casos notificados e confirmados de hepatites C no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, e uma revisão sistematizada acerca do tema nas seguintes bases de dados: Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Pubmed. Resultados: Após esse levantamento, foi verificada uma prevalência importante de hepatite C crônica em homens (67,80%) de 40 a 59 anos de idade (61,35%), sobretudo devido ao uso de drogas injetáveis (32,06%), e um percentual de 41,40% quanto às fichas de notificação com o campo de “mecanismo de transmissão” em branco ou ignorado. Conclusão: Neste estudo, o perfil encontrado para os portadores do vírus foi semelhante ao brasileiro e aos disponíveis na literatura. Os dados apontam uma necessidade de busca ativa, campanhas e utilização de testes rápidos para que o diagnóstico e o tratamento ocorram mais precocemente, além da necessidade de capacitar os profissionais, enfocando a valorização das notificações e o preenchimento correto destas, em prol de ações intervencionistas mais embasadas.
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