AS FASES DO LUTO FRENTE À CASTRAÇÃO

Autores

  • Alessandro Ferreira Pierassol Faculdade Governador Ozanam Coelho - Fagoc
  • Márcia Aparecida Magalhães Trindade Moreira
  • Kátia Aparecida de Souza Silva
  • Luciana dos Santos Montini Oliveira
  • Patrícia de Oliveira Cardoso
  • Jhonathan de Oliveira Feital
  • Alexandre Augusto Macêdo Corrêa
  • Bruno Feital Barbosa Motta
  • Jaqueline Duque Kreutzfeld Toledo

DOI:

https://doi.org/10.61224/2525-488X.2017.239

Palavras-chave:

fases do luto, castração, luto, rastro, perdas

Resumo

O luto não pode ser limitado apenas à morte, mas aos diversos tipos de perdas reais e simbólicas durante a vida, que ultrapassam a dimensão física. Freud traz a descrição do luto e Derrida traz o sujeito do luto. Isso serve para pensar o luto na individualidade do enlutado, para além das fases do mesmo, mas em seu modo de ser afetado e afetar o outro. Para realização da pesquisa de campo foram realizadas entrevistas, cujo objetivo geral foi investigar, a partir da visão de diferentes moradores da cidade de Ubá, Minas Gerais, como o luto é vivenciado através de suas fases, em perdas distintas. A pesquisa teve como objetivos específicos realizar uma comparação da percepção de vida dos entrevistados antes e depois de sua perda. A pesquisa contou com seis participantes. Entre eles, dois que passaram pela perda de um familiar, dois pela dissolução do casamento e dois pela perda de um membro. Analisando os entrevistados, destacam-se os que passaram pelas cinco fases, outros que passaram por duas, por três, outro que permanece atado à fase de depressão, e aquele que não passou pelas quatro fases iniciais, indo direto para a aceitação. A proposta do presente artigo cumpre seu papel de mostrar essas peculiaridades onde o sujeito enfrenta o igual de maneira diferente, pois todos vivenciam de uma forma ou de outra o luto, mas cada um em particular fica marcado, registrado com um rastro, que segundo Derrida é uma relação “vida/morte ou presença/ausência”.

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Publicado

2018-03-09