O USO DE RECURSOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO ENSINO SUPERIOR DA UNIFAGOC
DOI:
https://doi.org/10.61224/2525-488X.2020.602Resumo
As instituições de ensino têm um papel importante para a formação do indivíduo como um todo, fornecendo habilidades e conhecimentos para a compreensão da realidade, fazendo com que o aluno saiba se impor diante da sociedade. O objetivo deste estudo é analisar como o uso de recursos pedagógicos auxilia no processo de ensino aprendizagem de alunos com necessidades especiais dentro do ensino superior da UNIFAGOC, localizada na cidade de Ubá-MG. Para realização do trabalho, utilizou-se como metodologia a pesquisa de campo com abordagem quali-quanti, descritiva e bibliográfica. Como instrumento da pesquisa, foi utilizada a entrevista e a coleta de dados estatísticos fornecidos pelo Núcleo de Apoio ao Estudante – NAE. As entrevistas foram realizadas com a psicopedagoga institucional, com a intérprete de Libras, com a atendente educacional especializada – todas funcionárias do Núcleo de Acessibilidade - NAF da UNIFAGOC e com a coordenadora do NAE. Para a análise dos dados utilizou-se o software Iramuteq, programa livre ancorado no software R, o qual permite o processamento e análise dos textos produzidos. Também foi utilizado o Excel para análise dos dados numéricos. Os resultados obtidos demonstram que os recursos pedagógicos equiparam as oportunidades de participação da pessoa com deficiência em diferentes contextos, que para cada deficiência existem condições que devem e precisam ser respeitadas e que os alunos com deficiência intelectual e transtornos cognitivos ainda têm sido um desafio para a educação inclusiva dentro da UNIFAGOC.
Referências
AINSCOW, M. Necessidades Especiais na Sala da Aula um Guia para a Formação de Professores. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 1998.
BRASIL. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Acessibilidade. Brasília: CORDE, 2006a
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Legislação em saúde da pessoa portadora de deficiência. 2ª ed. atual. Brasília, 2006b.
BRASIL. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas. Tecnologia Assistiva. Brasília: CORDE, 2009.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF, jul. 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação. Brasília: MEC, 2000.
BRASIL. Direito à educação: subsídios para a gestão dos sistemas educacionais: orientações gerais e marcos legais. Brasília, 2004.
BUENO, J.G.S. As políticas de inclusão escolar: uma prerrogativa da educação especial? In: BUENO, J. G. S.; MENDES, G. M. L.; SANTOS, R. A. Deficiência e escolarização: novas perspectivas de análise. Araraquara: Junqueira e Marin; Brasília: CAPES, 2008. p. 43-63.
CARVALHO, Ananda Dos Santos. Práticas docentes frente a educação auditiva: 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Faculdade Anhanguera, Guarulhos, 2017.
CAMARGO, Brigido Vizeu; JUSTO, Ana Maria. IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em psicologia, v. 21, n. 2, p. 513-518, 2013.
CORREIA, Luís de Miranda. Problematização das dificuldades de aprendizagem nas necessidades educativas especiais. Análise Psicológica, v. 22, n. 2, p. 369-376, 2004.
GLAT, Rosana; PLETSCH, Márcia Denise. O papel da universidade frente às políticas públicas para educação inclusiva. Revista Benjamin Constant, v. 29, n. 1, p. 3-8, 2004.
GLAT, Rosana; DE LIMA NOGUEIRA, Mario Lucio. Políticas educacionais e a formação de professores para a educação inclusiva no Brasil. Comunicações, v. 10, n. 1, p. 134-142, 2003.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas SA, 2008.
KAUARK, Fabiana da Silva; MANHÃES, Fernanda Castro; MEDEIROS, Carlos Henrique. Metodologia da pesquisa: um guia prático. 2010.
MOREIRA, L. C. In(ex)clusão na universidade: o aluno com necessidades educacionais especiais em questão. Revista Educação Especial (UFSM), Santa Maria, v. 2, n. 25, p. 37-48, 2005.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.
MANZINI, E. J. Tecnologia assistiva para educação: recursos pedagógicos adaptados. In: Ensaios pedagógicos: construindo escolas inclusivas. Brasília: SEESP/MEC, p. 82-86, 2005.
MARTINS, António. Excel aplicado à gestão. Edições Sílabo, 2003.
MARTINS, Vicente. Quem necessita de educação especial. Rede Saci, v. 29, n. 08, 2002.
MULLER T. M. P.; GLAT, R. Uma professora muito especial: questões atuais de educação especial). Viveiros de Castro, 1999
ROCHA, Telma Brito; MIRANDA, Theresinha Guimarães. Acesso e permanência do aluno com deficiência na instituição de ensino superior. Revista Educação Especial, v. 22, n.34,2009.
REIS, Maria das Graças Faustino; CAMARGO, Dulce Maria Pompêo de. Práticas escolares e desempenho acadêmico de alunos com TDAH. Psicologia escolar e educacional, v. 12, n. 1, p. 89-100, 2008.
SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia: elementos de metodologia do trabalho científico. 5. ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1977.
SANTOS, Mônica Pereira dos. O Papel DO ENSINO SUPERIOR NA PROPOSTA DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Revista Movimento–Revista da Faculdade de Educação da UFF – no, v. 7, p. 78-91, 2003.
UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994.
VYGOTSY, L.S. (1994). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes