Estudo comparativo: o Estado Oligárquico na América Latina do século XIX e a crise democrática do século XX

Autores

  • Raul Carneiro Filho FAGOC - Faculdade de Jornalismo

DOI:

https://doi.org/10.61224/2525-488X.2016.147

Resumo

A intenção do presente texto é discutir a situação da América Latina nos últimos 30 anos, através de uma perspectiva de referencial bibliográfico comparado as leituras efetuadas a partir do seminário “Política e Sociedad em las encrucijadas de América Latina”. Buscou-se relacionar o tema com elementos históricos, sociais e políticos um pouco mais contemporâneos. Percebeu-se durante a construção deste que pouco alternou o conjunto de forças entre diferentes agentes sociais frente do Estado, desde as oligarquias até a crise da democracia[1] na região, mais efetiva na segunda metade dos anos 1980. Para tanto, destacaremos uma análise básica e  geral das características que moldaram historicamente na tentativa de descobrir estreitas ligações das distintas épocas.  As últimas três décadas na América Latina foram marcadas por mobilizações populares contra governantes que alternaram o poder basicamente com ideais neoliberais, o que proporcionou  alguns golpes de Estado  - derrubando presidentes eleitos pelo voto popular.  Uma caracterização desse processo feita  por alguns analistas, é visto como  como uma “instabilidade democrática


[1] Termo citado em “América Latina: crise democrática ou do modelo oligárquico?  de Falcão,   Frederico José 

Biografia do Autor

  • Raul Carneiro Filho, FAGOC - Faculdade de Jornalismo

    Raul Carneiro Filho, carioca, 53 anos, viveu até os 28 anos na rua  General Severiano, agarrado ao campo do Botafogo. Jogou bola, andou de bicicleta, soltou papagaio, teve espaço e companheiros, alguns até hoje. Fez Geografia na UFF, em 1982. Lá descobriu a leitura e viveu todo o momento de redemocratização do país. Era ano da primeira eleição para Governadores de Estado desde o golpe militar de 64. Fez parte da primeira chapa exclusivamente composta por calouros que disputou uma eleição para o DCE da UFF.

    Tempos depois fez Administração de Empresas na Universidade Santa Úrsula. Rua Farani,em Botafogo. Amaior concentração de bares e universitárias por metro quadrado do Rio de Janeiro. Trabalhou depois em Alagoas, entre 1988 e 1991. Aprendeu sobre o Brasil por lá. Miséria, fome, descaso. Viu coisas que o acompanharão para o resto da vida. Teve contato com a Geografia no estado puro: “Geografia está em tudo que fazemos. Somos seres geográficos. Temos longitudes, latitudes e atitudes”.

    Raul foi militante de esquerda e acredita que jornalismo e política são farinha do mesmo saco, não se separam, se completam: “São duas forças que mudam o mundo, criam e vencem guerras, salvam e destroem vidas, alimentam e acabam com sonhos”. Em seu utópico país, jornalismo e política são as mais eficazes armas para combater desigualdades, para promover justiça social, para distribuir renda e matar a fome e a sede dos sertões. Sem um jornalismo ético, comprometido com a retidão da informação não há política que promova democracia, e sem democracia não há nada”. 

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Publicado

2017-07-16